Sempre que uma pessoa investe em renda fixa, ela está emprestando seu dinheiro por um determinado período de tempo para uma empresa. Após o período acordado ou dependendo da modalidade do investimento, o investidor receberá seu dinheiro acrescido de juros.
Existe uma classe de ativos de renda fixa que não era muito conhecida até pouco tempo para pessoas físicas, chamados popularmente de Tesouro Direto, mas erroneamente.
Porque erroneamente?
Tesouro Direto é o nome da plataforma onde o governo disponibiliza seus títulos para pessoas físicas.
O QUE SÃO TÍTULOS PÚBLICOS?
São títulos de dívida do governo oferecidos a qualquer investidor para emprestar dinheiro ao governo e financiar seus gastos. Esses investimentos são de renda fixa e considerados os mais seguros de um país, pois têm a garantia final do governo.
Assim como as rendas fixas de empresas bancárias (CDB, LCI, LCA, etc.) e de empresas não bancárias (Debêntures, CRI, CRA, etc.), os títulos públicos podem ser encontrados na modalidade pós-fixada, pré-fixada ou híbrida.
TIPOS DE TÍTULOS PÚBLICOS
Pós-fixados
Tesouro Selic
Os pós-fixados têm sua rentabilidade atrelada a algum indicador da economia. No caso dos títulos públicos, existe apenas um tipo de pós-fixado, que é o Tesouro Selic. Como o nome sugere, ele está atrelado à taxa Selic.
A taxa Selic é decidida pelo governo a cada 45 dias e é utilizada como referência para empréstimos e investimentos. O governo tende a manter a taxa Selic acima da inflação, portanto, essa modalidade de investimento geralmente garante retornos acima da inflação e da poupança.
O Tesouro Selic tem uma rentabilidade aproximada de 100% da Selic. Por exemplo, se a Selic está em 2% ao ano, a rentabilidade anual desse tipo de título será de 2%.
Pré-fixados
Tesouro pré-fixado e pré-fixado com juros semestrais
Os títulos pré-fixados têm rentabilidade fixada no dia do investimento. Apesar de parecer mais conservador, já que a rentabilidade não oscila ao longo do tempo, esse é considerado o título mais arrojado entre os títulos públicos.
Por quê?
Digamos que você defina uma rentabilidade pré-fixada de 4% ao ano por 3 anos, enquanto a taxa Selic está em 2% ao ano. Aparentemente, você fez um bom negócio em comparação com o Tesouro Selic, certo? Mas se, após um ano, a Selic subir para 8% ao ano, você terá uma rentabilidade de cerca de 12% no período de 3 anos. Já aqueles que investiram no Tesouro Selic teriam 1 ano com 2% de rentabilidade e mais 2 anos com 8% cada, totalizando aproximadamente 18% de rentabilidade.
Quanto aos pré-fixados com juros semestrais, ao contrário do Tesouro pré-fixado (no qual você recebe o principal mais os juros apenas no vencimento), nessa modalidade você recebe os juros a cada semestre. Apesar de parecer vantajoso, ele perde parte da rentabilidade devido ao efeito dos juros sobre juros que ocorre nos títulos que não distribuem juros semestrais.
Híbridos
Tesouro IPCA e IPCA com juros semestrais
O Tesouro IPCA é considerado híbrido, pois uma parte dos juros desse título está indexada ao IPCA (principal indicador de inflação do país) e outra parte é uma taxa fixa. Portanto, se você investir em um título IPCA+2,5%, por exemplo, e o IPCA no ano for de 3%, você terá um rendimento de 3% + 2,5% = 5,5% naquele ano.
Os títulos IPCA com juros semestrais seguem a mesma lógica dos pré-fixados. Você receberá o acumulado da inflação do semestre mais metade da taxa fixa.
CUSTOS DOS TÍTULOS PÚBLICOS
Taxa de custódia B3
A taxa de custódia B3 é cobrada apenas para aplicações acima de R$10.000,00 e incide sobre o montante total investido, não apenas sobre os rendimentos. A taxa é de 0,25% ao ano.
Tributação
A tributação que incide sobre os títulos públicos é a mais comum entre as aplicações financeiras, o Imposto de Renda regressivo. Esse imposto é retido na fonte, ou seja, a instituição financeira se encarrega de calcular e reter o valor devido (o investidor recebe o valor líquido). Ele é chamado de regressivo porque a alíquota diminui conforme o tempo de aplicação aumenta.
A tributação regressiva sobre os títulos públicos segue a seguinte regra:
E como começar a investir em Títulos Públicos?
Os títulos públicos são a opção mais conservadora do mercado. São seguros, têm liquidez (pois o governo garante a recompra do título caso você queira vender antes do vencimento) e são acessíveis para qualquer investidor. Com menos de R$40,00, já é possível começar a investir nessa modalidade.
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